segunda-feira, agosto 15, 2005

Inacabado

Lírios são flores tão belas
Lindos são os pássaros no campo
Lilás é o céu nos meus sonhos
Lilian tu és meu encanto


Libélulas voando em duplas
Lideram a dança no ar
Liberam movimentos ousados
Lilian quero te abraçar


Límpidos rios de águas claras
Ligeira é a brisa do mar
Lírico canto das ondas
Lilian quero te beijar

segunda-feira, julho 04, 2005

As coisas que você possui, acabam possuindo você

Meus olhos estão abertos
Eu caí de uma escada
Foi uma longa e dolorosa queda
Quem fez isso?
Na verdade eu
Atirei em mim mesmo
Mas, acredite
Tudo vai ficar bem
Você me encontrou em um momento muito estranho da minha vida

segunda-feira, junho 20, 2005

Palhaçada, Tom Zé

É raro que eu escreva algo a la diário aqui, mas essa preciso contar.

Imaginem que quinta-feira passada fui ao show de Tom Zé. É isso mesmo, fui assitir ao Tom Zé. Obviamente não conhecia nada do cara e, já que estou numa fase apta a expandir meus horizontes, resolvi ir ver a apresentação dele no SESC São Carlos (os mais vivos já devem ter sacado que pra eu fazer isso tem que ter, pelo menos, o dedo de uma mulher na história né?).

Enfim, voltemos ao show.

O evento estava marcado paras começar as 21hs, porém deu aquela típica atrasada tupiniquim e começou lá pelas nove e meia. Tom Zé e sua trupe entram no palco caracterizados como mendigos. O artista está lançando seu mais novo disco "Estudando o pagode" e o tema musical da noite tratava, de modo geral, das injustiças cometidas contra as mulheres e sobre os infortúnios da dominação americana e, quiça, do 1° mundo sobre nós. Infelizmente o som não estava lá aquela coisa, o que dificultava a compreensão das letras. Mas consegui captar alguns trechos que até me agradaram.
Porém, eis aqui a razão de eu estar escrevendo tudo isso.
Em certa altura do show, Tom Zé pára tudo e se indispõe com um pequeno grupo da platéia que, aparentemente, estava vaiando e homenageando a sua mãe.
Tom Zé chama esse grupo de "moleques", pergunta se "isso aqui é um show ou uma palhaçada"...enfim, se indigna (até aí beleza, direito dele em ficar puto, apesar de eu achar que pela estrada que ele têm, podia ter contornado a situação com mais traquejo).
O show continua e algum tempo depois (infelizmente não presenciei, mas ouvi dizer que aquele pequeno grupo continuava com os elogios à mãe de Tom Zé) Tom Zé pára novamente o espetáculo. Dessa vez, visivelmente descontrolado brada à multidão: "como vocês, 800 ou 3000, não conseguem controlar meia dúzia de moleques?" "porrada".
É minha gente.
Acreditem ou não, mas aquele velho senhor, Tom Zé, baiano, dito músico popular brasileiro, crítico ferrenho da super dominação anglo-saxônica sobre os tupiniquins, porta voz do direito das mulheres, dos fracos e oprimidos, crítico da manipulação das massas pelo capitalismo selvagem não teve o menor pudor em vestir a roupa da hipocrisia e incitar a violência em seu espetáculo. Previsivelmente, começou uma agitação entre os "prós-Tom Zé" e os "anti-Tom Zé". (Nem em show de punk rock presenciei isso. Aliás, pelo contrário, quando a platéia "esquenta demais as bandas sempre buscam acalmar os ânimos e pedem respeito e paz. Mas, é claro, Tom Zé não vai à shows de punk rock).
Em poucas palavras: feio, lamentável, surreal. Mais surreal porque a platéia era composta por inúmeras famílias e por crianças. Essas trataram de se retirar (com toda razão) logo após esse espetáculo deprimente.
Agitação feita, a segurança do SESC rapidamente tratou de controlar os elementos que estavam impedindo a pax local.
Mas o surrealismo não acaba por aí. Após, ter notadamente estragado o clima do show, Tom Zé insinua o fim do espetáculo chamando sua trupe ao centro do palco aonde simulam um agradecimento coletivo. Como de esperado, a multidão que tinha desembolsado seu $$ começou a gritar: Fica! Fica! Fica! (manipulação? domínio das massas?). É claro que o velho malandro continuou. Finalmente, no final do espetáculo, o auto proclamado anti-americano e anti-capitalista, canta um "jingle" pedindo que o público o ajude comprando seu disco. Só faltou o óleo de peróba. Putaqueopariu.

É isso a música popular brasileira?

sexta-feira, junho 03, 2005

Bem meu bem

Não quero mais

Essa vida morna

O tempo passa amor

E esse amor também



Em breve vou embora,

Pra nunca mais voltar



Você diz que não sabe

Que não quer se arriscar

Mas teus olhos na multidão

Insistem a me procurar



Que pretendes com isso?

Confirmar que estou a te esperar?



Se perguntas se estou bem

Sim, estou meu bem

Mas há um grande porém



Quando digo que te quero

Não é para uma noite e nada mais

Não é para dizer que amanhã

Estarei ocupado demais



Só te peço querida

Siga aquilo que o seu coração

Sente quando me vê

Por favor, meu bem

Não me deixe

Partir nessa vida sem você

quarta-feira, maio 25, 2005

A queda do cabresto

No ano em que o Name it Yourself gravou sua primeira fita-demo (Children Revolution/2000) estava reunido com meus velhos primos em uma daquelas reuniões de família. Ironicamente, meu primo Rinaldinho (ex-anarcopunksocialista) comentou que um dia eu iria “abrir” minha cabeça para outros estilos musicais, que não o hardcore/punkrock. Eu dei risada. Bem, cinco anos depois aqui estou eu admitindo que o Rinaldinho foi um cara de visão. Bem, ele previu. Mas claro que minha cabeça foi sendo aberta aos poucos na faculdade e na vida mansa de São Carlos. Primeiro entram os Beatles (esses graças ao show espetacular da banda The Beatless. Depois, o sertanejo raiz de Tião Carreiro e Pardinho e Léo Canhoto e Robertinho. Os velhos violeiros foram seguidos por Cazuza e o seu Barão Vermelho, Pink Floyd, Jethro Tull... Pois bem! Rinaldinho tinha razão. E, sinceramente, fico feliz que ele tenha tido mesmo. Recentemente, graças a minha sábia amiga Iraima (que em um momento muito oportuno me receitou escutar algumas canções específicas) e a minha amigona Luciana (que me providenciou quase toda discografia) eu enfiei na minha cabeça (e, porque não, no meu coração) Chico Buarque. Seja bem-vindo Chico, acomode-se ao lado da miscelânea musical que levo comigo. Talvez um dia eu te deixe sentar ao lado dos Ramones.

Aproveito para deixar uma letra formidável desse poeta-cantor-compositor-escritor-gênio-brasileiro.

Um beijo em vocês!

Futuros Amantes


Composição: Chico Buarque



Não se afobe, não

Que nada é pra já

O amor não tem pressa

Ele pode esperar em silêncio

Num fundo de armário

Na posta-restante

Milênios, milênios

No ar



E quem sabe, então

O Rio será

Alguma cidade submersa

Os escafandristas virão

Explorar sua casa

Seu quarto, suas coisas

Sua alma, desvãos



Sábios em vão

Tentarão decifrar

O eco de antigas palavras

Fragmentos de cartas, poemas

Mentiras, retratos

Vestígios de estranha civilização



Não se afobe, não

Que nada é pra já

Amores serão sempre amáveis

Futuros amantes, quiçá

Se amarão sem saber

Com o amor que eu um dia

Deixei pra você



segunda-feira, maio 23, 2005

Ah mulher...

Ah, mulher
Não seja tola
De acreditar
Que se ele traiu uma vez
Nunca mais trairá


Ah, mulher
Que tem de bom em ser
A moça da vez?
É você...
E mais outras três!


Ah, mulher
Como pode não ver
Que é tudo conversa,
E você ainda cai nessa
De que ele vai te amar?


Ah, mulher
Ah, mulher!
Que tanto espera?
Já passou a hora
De mandá-lo andar


Pô! Mulher!
Abre teus olhos
E vê se enxerga
Que esse cara
Não te merece, mulher!

domingo, maio 15, 2005

Hai-Kai

Hai-kai é um estilo poético originado no Japão medieval e que consiste em três versos, sendo portanto um terceto. O Hai-kai é um poema bastante hermético de 17 sílabas métricas, com cinco sílabas no 1° e 3° verso e sete sílabas no 2°. Os temas geralmente são ligados a natureza e trabalha-se principalmente o tempo presente. O Hai-kai é anti-retórico, liso e simples.
Isso deriva-se de algumas categorias estéticas japonesas:

Kirei - o límpido, o lindo

Wabi - a penúria, a miséria (tão simples que decepciona)

Yugen - a profundidade, o mistério

O Hai-kai é uma imagem, tem economia verbal, humor e objetividade, características centrais da poesia moderna. Porém, a tradução e interpretação dos "hai-kais" originais é muito difícil, uma vez que os ideogramas japoneses não significam uma palavra, mas sim uma idéia.
De qualquer modo existem diversas variações atuais do hai-kai clássico. Uma das mais comuns é o Poetrix (admite título, até 30 sílabas etc). O grande poeta Paulo Leminski que foi um grande estudioso da cultura japonesa, produziu diversos "hai-kais" que não se enquadravam nas regras clássicas. Segundo Leminski para escrever um hai-kai são necessários cinco passos:

1) Deixe que a fórmula e o conteúdo limitem o número de sílabas;
2) Escolha um tema simples (eg. inverno, verão, natureza, bucolismo);
3) O primeiro verso expressa algo permanente, eterno;
4) O segundo, introduz uma novidade, um fenômeno;
5) O terceiro e último, é a síntese;

Bem, seja lá como iremos escrever os nossos tercetos, o importante é que o façamos.

Ai vai um que escrevi da maneira mais próxima ao hai-kai clássico que consegui.

Abraços

Tudo queria

Bateu a mão na mesa

Nada conseguiu






sexta-feira, maio 13, 2005

Pensamento profundo

Essa aqui é para os meus amigos que acharam que eu tava muito "coração mole" com esse Blog.
Beijos
As vezes, quando você chora
ninguém observa suas lágrimas...

As vezes, quando você está triste
ninguém observa seu sofrimento...

As vezes, quando você está contente
ninguém observa seu sorriso...

Mas peide apenas uma vez...

Túnel do tempo

Essa é da época em que os marqueteiros não precisavam usar "bundas e peitões" para vender seus produtos. Clique aqui para ver os comerciais da época em que a Televisão precisava esquentar para sintonizar algo.

quarta-feira, maio 11, 2005

Você, você e você

Lá vai mais um texto que começou a ser escrito em fevereiro e que foi terminado hoje. Ao som da fabulosa banda argentina de ska-jazz-reggae, Satélite Kingston, podei aqui e reescrevi ali... Lá vai a criança! Aliás, aproveito para recomendar o som do Satélite para vocês.
Confiram nesse endereço: Satélite Kingston - Una Isla (a maior parte das músicas é instrumental, mas notem a letra de Desierto - simplesmente fantástica!).
Abraços!


Você

Insinuante, estática

Penetra na alma

Emotiva a razão

É viva poesia



Desconcerta conceitos

Inebria sentidos

Sem qualquer palavra

Cala perguntas

Catequiza o cético



Ausente,

Tu és esperança

Presente,

Completa minha vida



Portanto, deixe-me gastar

Todo o tempo do mundo

Traduzindo tudo o que sinto

Em palavras bonitas

Que dedico a você


quinta-feira, maio 05, 2005

2 em 1

Não te amo mais
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis
Tenho certeza que
Nada foi em vão
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada
Não poderia dizer mais que
Alimento um grande amor
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
Eu te amo!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...

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Sempre podemos mudar nossa história (será?). Leia agora esse poema de baixo para cima.
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Conheço esse poema faz um bom tempo. Acreditei por muito tempo que era de autoria da genial Clarice Lispector. Porém, recentemente li que esse é mais um daqueles textos anônimos que circulam pela rede. Enfim, seja lá quem for o verdadeiro autor, não deixa de ser um poema muito criativo e bonito.

Abraços

quinta-feira, abril 28, 2005

Anônimo. Faz diferença?

Maitê, obrigado por disponibilizar esse texto que, apesar de anônimo, possui muita personalidade. Inclusive, adianto que para mim, esse texto vale por um ano de consultas ao psicólogo. Bom, isso é apenas achismo já que nunca fui em psicólogo...
Vamos ao texto:

"Quando me amei de verdade, pude compreender que, em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa. Então, pude relaxar. Pude perceber que o sofrimento emocional é sinal de que estou indo contra a minha verdade. Parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Comecei a perceber como é ofensivo forçar alguma coisa ou alguém que ainda não está preparado, inclusive eu mesmo. Comecei a me livrar de tudo o que não fosse saudável. Isso quer dizer: pessoas, tarefas, crenças e qualquer coisa que me pusesse pra baixo. Minha razão chamou isso de egoísmo. Mas, hoje eu sei que é amor-próprio... Deixei de temer meu tempo livre e desisti de fazer planos. Hoje faço o que eu acho certo e no meu próprio ritmo. Como isso é bom! Desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos vezes. Desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Isso me mantêm no presente, que é onde a vida acontece. Percebi que a minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas, quando eu a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada." (Anônimo)

terça-feira, abril 26, 2005

Breve resposta


Se for um amor verdadeiro

Tudo aquilo que anseio

Não preciso qualquer desespero

Não há nada a perder

tenho a ganhar

O meu maior investimento

Eu já sei qual é

Vou deixar rolar

Já não dizia o outro

O que tiver que ser, será?

Assobio assim,

Não se afobe não,

Que nada é pra já...

domingo, abril 24, 2005

Uma semana depois...

Uma coisa que eu não fazia, mas que tento fazer agora, era registrar a data de nascimento das coisas que escrevo. Acho que isso acontecia, ou ainda acontece, porque geralmente a coisa nasce tosca e com o tempo eu vou tentando melhorar. Ai me pergunto que data devo registrar. Bom, que coisa mais inútil não é?
Irônicamente a poesia que lhes apresento abaixo é uma exceção. Na verdade lembro muito bem da segunda-feira na qual a escrevi. Primeira de novembro de 2004. Tenho que dizer que ela foi incentivada pela minha amigona I e pela trilha sonora do filme O fabuloso destino de Amelie Poulain. E inspirada em uma moça que eu só tive o prazer de conhecer durante um final de semana.

Lembranças de outubro

Amanheceu novamente
Sua imagem ainda permanece
Como o mais belo quadro
Pintado em cores na minha mente

Estou em casa
Ao meu redor tudo parece igual
Mas há algo diferente no ar

Lavo meu rosto na tentativa de acordar
É tão bom me sentir assim
Devo estar sonhando
Mais uma vez

Surpreendo-me sozinho
Rindo e sorrindo
Sorrindo e rindo

Para o bem-te-vi
Bem-te-vi!
Bem-te-vi!

E te vi
Sim, eu te vi...

Agora sinto o perfume encantador
De uma flor que acabou de abrir
Nunca senti fragrância igual
Traz consigo a alegria de viver

Que flor é essa que igual nunca vi?
Quero conhecê-la e saber do que precisa
Para assim poder cultivá-la
No enorme jardim que é meu coração


domingo, abril 17, 2005

Sweet Home Alabama

Lynyrd Skynyrd é uma puta banda. Isso é o que sempre me diz uma amiga.
Bem Lili, não sei se posso concordar integralmente com você (pelo menos ainda!). O fato é que, para mim, eles sempre foram "banda de uma única música bacana". Sweet home Alabama, é uma boa canção. Porém, cerca de um mês atrás, um amigo cismou que eu deveria escutar outra música deles. E me apresentou Simple Man. Ironicamente a letra caiu como uma luva para mim. Era exatamente o que eu precisava escutar no momento. É uma canção muito boa.
Pronto Lili! Agora eu gosto de duas músicas do Lynyrd! To chegando lá hehehehehe
Ah! Segue abaixo a letra dessa canção.


Simple Man (LYNYRD SKYNYRD)

Album: All Time Greatest Hits (2000)


Mama told me when I was young
Come sit beside me, my only son
And listen closely to what I say.
And if you do this
It will help you some sunny day.
Take your time... Don't live too fast,
Troubles will come and they will pass.
Go find a woman and you'll find love,
And don't forget son,
There is someone up above.

[Chorus:]
And be a simple kind of man.
Be something you love and understand.
Be a simple kind of man.
Won't you do this for me son,
If you can?

Forget your lust for the rich man's gold
All that you need is in your soul,
And you can do this if you try.
All that I want for you my son,
Is to be satisfied.

[Chorus]

Boy, don't you worry... you'll find yourself.
Follow you heart and nothing else.
And you can do this if you try.
All I want for you my son,
Is to be satisfied.

[Chorus]

sábado, abril 16, 2005

Pequenina

Escrever é um hábito que parece não ter fim. Digo isso porque sempre que eu releio algo que escrevi acho algo que me desagrada. As vezes tudo me desagrada. Então, jogo tudo no lixo. As vezes passo dias, semanas e até meses retocando um texto. Mas algumas vezes eu me satisfaço logo de prima. É o caso do poema abaixo. Saiu rápido, direto e reto, em uma das minhas noites de insônia da semana passada.

Canção


Uma doce canção
Em seu ouvido
Vai entoar


Não é a brisa
Tampouco o mar


Apenas sou eu
A suspirar


Ah, como é bom
Ter alguém


Alguém
Tão linda assim
Para amar


quarta-feira, abril 13, 2005

A paixão é uma flor

A paixão é uma flor

Que nasce em meu peito

Desabrocha perfeita

Sem nenhuma dor



A paixão é uma flor

Que espera ansiosa

E não vê a hora

De deixar de ser flor



A paixão é uma flor

Que quando se vai

Deixa um fruto

Que eu chamo Amor


Mas se a tempestade passar

Se as folhas caírem

E a flor murchar


Se além de espinhos

E farpas

Parece nada restar


Saiba esperar

Pois assim que amanhece

Fique bem certo

Nasce outra flor


terça-feira, abril 12, 2005

Um estilo de vida

A virada do ano de 2004 para 2005 foi atípica para mim. Primeiro, porque passei longe da minha família pela primeira vez na vida. Segundo, porque passei com algumas pessoas muito mais espiritualizadas que eu. Aqueles que me conhecem sabem que geralmente sou um cara cético, mas sem dúvida não foi uma virada de ano qualquer. Inclusive, foi uma das mais felizes e tranquilas. Foi um divisor de águas.

Na primeira semana desse ano, me inspirei e em poucos minutos saiu esse pensamento:

“As certezas que creio ter

Mantêm-me em pé

As incertezas que tenho e as que hão de vir

Mantêm-me a caminhar”

O começo

Quando eu era apenas um garotinho, ou o marquinho da mamãe, eu gostava muito de desenhar. Assumo que eram desenhos muito toscos. Aliás, muito toscos mesmo! Mas, ora bolas, no passado o homem também se comunicava por meio de desenhos toscos! Enfim...
Hoje em dia as pessoas me chamam de Marcão. E, acreditem, eu ainda gosto de desenhar. Só que troquei as minhas canetinhas coloridas pelo lápis preto HB n°2. Na verdade, muitas vezes vou direto ao teclado do meu computador para fazer meus desenhos. Mas agora eles são diferentes. Brinco de ordenar símbolos pré-existentes, que alguns chamam de letras e palavras, e tento dar algum sentido para elas. Talvez eu consiga, talvez não. Talvez faça sentido, talvez não. Talvez eles continuem toscos, talvez eu ainda seja o marquinho...
Seja o que for, decidi compartilhar meus desenhos com quem quer que queira vê-los.
Então, sejam muito bem-vindos!