"Desejo apenas deixar aqui algumas coisas que escrevo. Algumas coisas que penso. Um pouco do que sinto. Um pouco do que vivo. Um pouco do que deixo de viver. Um pouco do que sou. Um pouco do que sonho ser. Enfim, restos de mim".
sábado, setembro 10, 2005
segunda-feira, agosto 15, 2005
Inacabado
Lírios são flores tão belas
Lindos são os pássaros no campo
Lilás é o céu nos meus sonhos
Lilian tu és meu encanto
Libélulas voando em duplas
Lideram a dança no ar
Liberam movimentos ousados
Lilian quero te abraçar
Límpidos rios de águas claras
Ligeira é a brisa do mar
Lírico canto das ondas
Lilian quero te beijar
segunda-feira, julho 04, 2005
As coisas que você possui, acabam possuindo você
Eu caí de uma escada
Foi uma longa e dolorosa queda
Quem fez isso?
Na verdade eu
Atirei em mim mesmo
Mas, acredite
Tudo vai ficar bem
Você me encontrou em um momento muito estranho da minha vida
segunda-feira, junho 20, 2005
Palhaçada, Tom Zé
Imaginem que quinta-feira passada fui ao show de Tom Zé. É isso mesmo, fui assitir ao Tom Zé. Obviamente não conhecia nada do cara e, já que estou numa fase apta a expandir meus horizontes, resolvi ir ver a apresentação dele no SESC São Carlos (os mais vivos já devem ter sacado que pra eu fazer isso tem que ter, pelo menos, o dedo de uma mulher na história né?).
Enfim, voltemos ao show.
O evento estava marcado paras começar as 21hs, porém deu aquela típica atrasada tupiniquim e começou lá pelas nove e meia. Tom Zé e sua trupe entram no palco caracterizados como mendigos. O artista está lançando seu mais novo disco "Estudando o pagode" e o tema musical da noite tratava, de modo geral, das injustiças cometidas contra as mulheres e sobre os infortúnios da dominação americana e, quiça, do 1° mundo sobre nós. Infelizmente o som não estava lá aquela coisa, o que dificultava a compreensão das letras. Mas consegui captar alguns trechos que até me agradaram.
Porém, eis aqui a razão de eu estar escrevendo tudo isso.
Em certa altura do show, Tom Zé pára tudo e se indispõe com um pequeno grupo da platéia que, aparentemente, estava vaiando e homenageando a sua mãe.
Tom Zé chama esse grupo de "moleques", pergunta se "isso aqui é um show ou uma palhaçada"...enfim, se indigna (até aí beleza, direito dele em ficar puto, apesar de eu achar que pela estrada que ele têm, podia ter contornado a situação com mais traquejo).
O show continua e algum tempo depois (infelizmente não presenciei, mas ouvi dizer que aquele pequeno grupo continuava com os elogios à mãe de Tom Zé) Tom Zé pára novamente o espetáculo. Dessa vez, visivelmente descontrolado brada à multidão: "como vocês, 800 ou 3000, não conseguem controlar meia dúzia de moleques?" "porrada".
É minha gente.
Acreditem ou não, mas aquele velho senhor, Tom Zé, baiano, dito músico popular brasileiro, crítico ferrenho da super dominação anglo-saxônica sobre os tupiniquins, porta voz do direito das mulheres, dos fracos e oprimidos, crítico da manipulação das massas pelo capitalismo selvagem não teve o menor pudor em vestir a roupa da hipocrisia e incitar a violência em seu espetáculo. Previsivelmente, começou uma agitação entre os "prós-Tom Zé" e os "anti-Tom Zé". (Nem em show de punk rock presenciei isso. Aliás, pelo contrário, quando a platéia "esquenta demais as bandas sempre buscam acalmar os ânimos e pedem respeito e paz. Mas, é claro, Tom Zé não vai à shows de punk rock).
Em poucas palavras: feio, lamentável, surreal. Mais surreal porque a platéia era composta por inúmeras famílias e por crianças. Essas trataram de se retirar (com toda razão) logo após esse espetáculo deprimente.
Agitação feita, a segurança do SESC rapidamente tratou de controlar os elementos que estavam impedindo a pax local.
Mas o surrealismo não acaba por aí. Após, ter notadamente estragado o clima do show, Tom Zé insinua o fim do espetáculo chamando sua trupe ao centro do palco aonde simulam um agradecimento coletivo. Como de esperado, a multidão que tinha desembolsado seu $$ começou a gritar: Fica! Fica! Fica! (manipulação? domínio das massas?). É claro que o velho malandro continuou. Finalmente, no final do espetáculo, o auto proclamado anti-americano e anti-capitalista, canta um "jingle" pedindo que o público o ajude comprando seu disco. Só faltou o óleo de peróba. Putaqueopariu.
É isso a música popular brasileira?
segunda-feira, junho 06, 2005
sexta-feira, junho 03, 2005
Bem meu bem
Não quero mais
Essa vida morna
O tempo passa amor
E esse amor também
Em breve vou embora,
Pra nunca mais voltar
Você diz que não sabe
Que não quer se arriscar
Mas teus olhos na multidão
Insistem a me procurar
Que pretendes com isso?
Confirmar que estou a te esperar?
Se perguntas se estou bem
Sim, estou meu bem
Mas há um grande porém
Quando digo que te quero
Não é para uma noite e nada mais
Não é para dizer que amanhã
Estarei ocupado demais
Só te peço querida
Siga aquilo que o seu coração
Sente quando me vê
Por favor, meu bem
Não me deixe
Partir nessa vida sem você
quarta-feira, maio 25, 2005
A queda do cabresto
No ano em que o Name it Yourself gravou sua primeira fita-demo (Children Revolution/2000) estava reunido com meus velhos primos em uma daquelas reuniões de família. Ironicamente, meu primo Rinaldinho (ex-anarcopunksocialista) comentou que um dia eu iria “abrir” minha cabeça para outros estilos musicais, que não o hardcore/punkrock. Eu dei risada. Bem, cinco anos depois aqui estou eu admitindo que o Rinaldinho foi um cara de visão. Bem, ele previu. Mas claro que minha cabeça foi sendo aberta aos poucos na faculdade e na vida mansa de São Carlos. Primeiro entram os Beatles (esses graças ao show espetacular da banda The Beatless. Depois, o sertanejo raiz de Tião Carreiro e Pardinho e Léo Canhoto e Robertinho. Os velhos violeiros foram seguidos por Cazuza e o seu Barão Vermelho, Pink Floyd, Jethro Tull... Pois bem! Rinaldinho tinha razão. E, sinceramente, fico feliz que ele tenha tido mesmo. Recentemente, graças a minha sábia amiga Iraima (que em um momento muito oportuno me receitou escutar algumas canções específicas) e a minha amigona Luciana (que me providenciou quase toda discografia) eu enfiei na minha cabeça (e, porque não, no meu coração) Chico Buarque. Seja bem-vindo Chico, acomode-se ao lado da miscelânea musical que levo comigo. Talvez um dia eu te deixe sentar ao lado dos Ramones.
Aproveito para deixar uma letra formidável desse poeta-cantor-compositor-escritor-gênio-brasileiro.
Um beijo em vocês!
Futuros Amantes
Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar
E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você
segunda-feira, maio 23, 2005
Ah mulher...
Ah, mulher
Não seja tola
De acreditar
Que se ele traiu uma vez
Nunca mais trairá
Ah, mulher
Que tem de bom em ser
A moça da vez?
É você...
E mais outras três!
Ah, mulher
Como pode não ver
Que é tudo conversa,
E você ainda cai nessa
De que ele vai te amar?
Ah, mulher
Ah, mulher!
Que tanto espera?
Já passou a hora
De mandá-lo andar
Pô! Mulher!
Abre teus olhos
E vê se enxerga
Que esse cara
Não te merece, mulher!
quinta-feira, maio 19, 2005
domingo, maio 15, 2005
Hai-Kai
Isso deriva-se de algumas categorias estéticas japonesas:
Kirei - o límpido, o lindo
Wabi - a penúria, a miséria (tão simples que decepciona)
Yugen - a profundidade, o mistério
O Hai-kai é uma imagem, tem economia verbal, humor e objetividade, características centrais da poesia moderna. Porém, a tradução e interpretação dos "hai-kais" originais é muito difícil, uma vez que os ideogramas japoneses não significam uma palavra, mas sim uma idéia.
De qualquer modo existem diversas variações atuais do hai-kai clássico. Uma das mais comuns é o Poetrix (admite título, até 30 sílabas etc). O grande poeta Paulo Leminski que foi um grande estudioso da cultura japonesa, produziu diversos "hai-kais" que não se enquadravam nas regras clássicas. Segundo Leminski para escrever um hai-kai são necessários cinco passos:
1) Deixe que a fórmula e o conteúdo limitem o número de sílabas;
2) Escolha um tema simples (eg. inverno, verão, natureza, bucolismo);
3) O primeiro verso expressa algo permanente, eterno;
4) O segundo, introduz uma novidade, um fenômeno;
5) O terceiro e último, é a síntese;
Bem, seja lá como iremos escrever os nossos tercetos, o importante é que o façamos.
Ai vai um que escrevi da maneira mais próxima ao hai-kai clássico que consegui.
Abraços
Tudo queria
Bateu a mão na mesa
Nada conseguiu
sexta-feira, maio 13, 2005
Pensamento profundo
Beijos
As vezes, quando você chora
ninguém observa suas lágrimas...
As vezes, quando você está triste
ninguém observa seu sofrimento...
As vezes, quando você está contente
ninguém observa seu sorriso...
Mas peide apenas uma vez...
Túnel do tempo
quarta-feira, maio 11, 2005
Você, você e você
Confiram nesse endereço: Satélite Kingston - Una Isla (a maior parte das músicas é instrumental, mas notem a letra de Desierto - simplesmente fantástica!).
Abraços!
Você
Insinuante, estática
Penetra na alma
Emotiva a razão
É viva poesia
Desconcerta conceitos
Inebria sentidos
Sem qualquer palavra
Cala perguntas
Catequiza o cético
Ausente,
Tu és esperança
Presente,
Completa minha vida
Portanto, deixe-me gastar
Todo o tempo do mundo
Traduzindo tudo o que sinto
Em palavras bonitas
Que dedico a você
quinta-feira, maio 05, 2005
2 em 1
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis
Tenho certeza que
Nada foi em vão
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada
Não poderia dizer mais que
Alimento um grande amor
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
Eu te amo!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais...
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Sempre podemos mudar nossa história (será?). Leia agora esse poema de baixo para cima.
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Conheço esse poema faz um bom tempo. Acreditei por muito tempo que era de autoria da genial Clarice Lispector. Porém, recentemente li que esse é mais um daqueles textos anônimos que circulam pela rede. Enfim, seja lá quem for o verdadeiro autor, não deixa de ser um poema muito criativo e bonito.
Abraços
quinta-feira, abril 28, 2005
Anônimo. Faz diferença?
Vamos ao texto:
terça-feira, abril 26, 2005
Breve resposta
Se for um amor verdadeiro
Tudo aquilo que anseio
Não preciso qualquer desespero
Não há nada a perder
Só tenho a ganhar
O meu maior investimento
Eu já sei qual é
Vou deixar rolar
Já não dizia o outro
O que tiver que ser, será?
Assobio assim,
Não se afobe não,
Que nada é pra já...
domingo, abril 24, 2005
Uma semana depois...
Irônicamente a poesia que lhes apresento abaixo é uma exceção. Na verdade lembro muito bem da segunda-feira na qual a escrevi. Primeira de novembro de 2004. Tenho que dizer que ela foi incentivada pela minha amigona I e pela trilha sonora do filme O fabuloso destino de Amelie Poulain. E inspirada em uma moça que eu só tive o prazer de conhecer durante um final de semana.
Lembranças de outubro
Amanheceu novamente
Sua imagem ainda permanece
Como o mais belo quadro
Pintado em cores na minha mente
Estou em casa
Ao meu redor tudo parece igual
Mas há algo diferente no ar
Lavo meu rosto na tentativa de acordar
É tão bom me sentir assim
Devo estar sonhando
Mais uma vez
Surpreendo-me sozinho
Rindo e sorrindo
Sorrindo e rindo
Para o bem-te-vi
Bem-te-vi!
Bem-te-vi!
E te vi
Sim, eu te vi...
Agora sinto o perfume encantador
De uma flor que acabou de abrir
Nunca senti fragrância igual
Traz consigo a alegria de viver
Que flor é essa que igual nunca vi?
Quero conhecê-la e saber do que precisa
Para assim poder cultivá-la
No enorme jardim que é meu coração
domingo, abril 17, 2005
Sweet Home Alabama
Lynyrd Skynyrd é uma puta banda. Isso é o que sempre me diz uma amiga.
Bem Lili, não sei se posso concordar integralmente com você (pelo menos ainda!). O fato é que, para mim, eles sempre foram "banda de uma única música bacana". Sweet home Alabama, é uma boa canção. Porém, cerca de um mês atrás, um amigo cismou que eu deveria escutar outra música deles. E me apresentou Simple Man. Ironicamente a letra caiu como uma luva para mim. Era exatamente o que eu precisava escutar no momento. É uma canção muito boa.
Pronto Lili! Agora eu gosto de duas músicas do Lynyrd! To chegando lá hehehehehe
Ah! Segue abaixo a letra dessa canção.
Simple Man (LYNYRD SKYNYRD)
Album: All Time Greatest Hits (2000)
Mama told me when I was young
Come sit beside me, my only son
And listen closely to what I say.
And if you do this
It will help you some sunny day.
Take your time... Don't live too fast,
Troubles will come and they will pass.
Go find a woman and you'll find love,
And don't forget son,
There is someone up above.
[Chorus:]
And be a simple kind of man.
Be something you love and understand.
Be a simple kind of man.
Won't you do this for me son,
If you can?
Forget your lust for the rich man's gold
All that you need is in your soul,
And you can do this if you try.
All that I want for you my son,
Is to be satisfied.
[Chorus]
Boy, don't you worry... you'll find yourself.
Follow you heart and nothing else.
And you can do this if you try.
All I want for you my son,
Is to be satisfied.
[Chorus]
sábado, abril 16, 2005
Pequenina
Canção
Uma doce canção
Em seu ouvido
Vai entoar
Não é a brisa
Tampouco o mar
Apenas sou eu
A suspirar
Ah, como é bom
Ter alguém
Alguém
Tão linda assim
Para amar
quarta-feira, abril 13, 2005
A paixão é uma flor
A paixão é uma flor
Que nasce em meu peito
Desabrocha perfeita
Sem nenhuma dor
A paixão é uma flor
Que espera ansiosa
E não vê a hora
De deixar de ser flor
A paixão é uma flor
Que quando se vai
Deixa um fruto
Que eu chamo Amor
Mas se a tempestade passar
Se as folhas caírem
E a flor murchar
Se além de espinhos
E farpas
Parece nada restar
Saiba esperar
Pois assim que amanhece
Fique bem certo
Nasce outra flor
terça-feira, abril 12, 2005
Um estilo de vida
Na primeira semana desse ano, me inspirei e em poucos minutos saiu esse pensamento:
“As certezas que creio ter
Mantêm-me em pé
As incertezas que tenho e as que hão de vir
Mantêm-me a caminhar”
O começo
Quando eu era apenas um garotinho, ou o marquinho da mamãe, eu gostava muito de desenhar. Assumo que eram desenhos muito toscos. Aliás, muito toscos mesmo! Mas, ora bolas, no passado o homem também se comunicava por meio de desenhos toscos! Enfim...
Hoje em dia as pessoas me chamam de Marcão. E, acreditem, eu ainda gosto de desenhar. Só que troquei as minhas canetinhas coloridas pelo lápis preto HB n°2. Na verdade, muitas vezes vou direto ao teclado do meu computador para fazer meus desenhos. Mas agora eles são diferentes. Brinco de ordenar símbolos pré-existentes, que alguns chamam de letras e palavras, e tento dar algum sentido para elas. Talvez eu consiga, talvez não. Talvez faça sentido, talvez não. Talvez eles continuem toscos, talvez eu ainda seja o marquinho...
Seja o que for, decidi compartilhar meus desenhos com quem quer que queira vê-los.
Então, sejam muito bem-vindos!